Atualizações sobre tubos de ventilação em crianças - Guideline da American Academy of Otolaryngology - Head and Neck Surgery Foundation
- dra.barbarasalgueiro

- 24 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 1 de abr.

O Guideline mais recente da AAOHNS de 2022 trata sobre "Tubos de Ventilação em Crianças”. Ele foi publicado na Otolaryngology–Head and Neck Surgery em 2022 pela American Academy of Otolaryngology–Head and Neck Surgery Foundation, e nós vamos resumir os principais pontos pra você:
Objetivo
Atualizar as recomendações sobre a indicação e o manejo dos tubos de ventilação (tubos de timpanostomia) em crianças.
O guideline é voltado para profissionais de saúde que avaliam e tratam crianças entre 6 meses e 12 anos com otite média e necessidade de ventilação do ouvido médio.
Principais Recomendações
✔️ Indicação para Tubos de Ventilação
Otite Média com Efusão (OME)
Indicar tubos em casos de OME bilateral persistente por 3 meses ou mais com dificuldades auditivas documentadas.
Não indicar em crianças com apenas um episódio de OME com duração menor que 3 meses.
Avaliação auditiva obrigatória se a efusão persistir por mais de 3 meses ou antes da cirurgia.
Otite Média Aguda Recorrente (OMA)
Indicar tubos em crianças com episódios recorrentes de OMA (≥3 episódios em 6 meses ou ≥4 episódios em 12 meses) se houver efusão no ouvido médio no momento da avaliação.
Não indicar se a criança não tiver efusão ativa no momento da avaliação.
✔️ Cuidados Pós-Operatórios
Otorréia (secreção pelo tubo) deve ser tratada apenas com antibióticos tópicos, sem necessidade de antibióticos orais na maioria dos casos.
Não há necessidade de evitar água no ouvido (uso de tampões auriculares ou restrição a natação não é recomendado de forma rotineira).
O acompanhamento deve ser feito dentro de 3 meses após a colocação dos tubos, com reavaliações periódicas até a extrusão espontânea dos tubos.
✔️ Outras Considerações
Adenoidectomia pode ser considerada como procedimento complementar para crianças ≥4 anos com infecções recorrentes ou obstrução nasal.
Crianças com risco aumentado de atrasos na fala, linguagem ou aprendizado devem ser avaliadas individualmente para indicação precoce de tubos de ventilação.
Não recomendar o uso rotineiro de tubos de longa duração na cirurgia inicial, salvo se houver necessidade de ventilação prolongada.
Conclusão
A colocação de tubos de ventilação deve ser bem indicada para evitar intervenções desnecessárias e garantir benefícios auditivos e de qualidade de vida.
O guideline reforça o papel do acompanhamento cuidadoso e da comunicação com os cuidadores para garantir um tratamento seguro e eficaz.
O artigo completo está disponível em: https://www.entnet.org/quality-practice/quality-products/clinical-practice-guidelines/tympanostomy-tubes-in-children/
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